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sexta-feira, 7 de julho de 2017
sexta-feira, 18 de novembro de 2016
Pelos Direitos dos Meninos
Antes de morrer, Guilherme estudante de Matemática da UFG , líder das ocupações , e que foi assassinado pelo pai, publicou esse texto,
PELOS DIREITOS DOS MENINOS
Que nenhum menino seja coagido pelo pai a ter a primeira relação sexual da vida dele com uma prostituta (isso ainda acontece muito nos interiores do Brasil!)
Que nenhum menino seja exposto à pornografia precocemente para estimular sua “macheza” quando o que ele quer ver é só desenho animado infantil (isso acontece em todo lugar!)
Que ele possa aprender a dançar livremente, sem que lhe digam que isso é coisa de menina
Que ele possa chorar quando se sentir emocionado, e que não lhe digam que isso é coisa de menina
Que não lhe ensinem a ser cavalheiro, mas educado e solidário, com meninas e com os outros meninos também
Que ele aprenda a não se sentir inferior quando uma menina for melhor que ele em alguma habilidade específica – já que ele entende que homens e mulheres são igualmente capazes intelectualmente e não é vergonha nenhuma perder para uma menina em alguma coisa
Que ele aprenda a cozinhar, lavar prato, limpar o chão para quando tiver sua casa poder dividir as tarefas com sua mulher – e também ensinar isso aos seus filhos e filhas
Na adolescência, que não lhe estimulem a ser agressivo na paquera, a puxar as meninas pelo braço ou cabelos nas boates, ou a falar obscenidades no ouvido de uma garota só porque ela está de minisaia
Que ele não tenha que transar com qualquer mulher que queira transar com ele, que se sinta livre para negar quando não estiver a fim – sem pressão dos amigos
Que ele possa sonhar com casar e ser pai, sem ser criticado por isso. E, quando adulto, que possa decidir com sua mulher quem é que vai ficar mais tempo em casa – sem a prerrogativa de que ele é obrigado a prover o sustento e ela é que tem que cuidar da cria
Que, ao longo do seu crescimento, se ele perceber que ama meninos e não meninas, que ele sinta confiança na mãe – e também no pai! – para falar com eles sobre isso e ser compreendido
Que todo menino seja educado para ser um cara legal, um ser humano livre e com profundo respeito pelos outros. E não um machão insensível! Acredito que se todos os meninos forem criados assim eles se tornarão homens mais felizes. E as mulheres também serão mais felizes ao lado de homens assim. E o mundo inteiro será mais feliz.
O machismo não faz mal só às mulheres, mas aos homens também, à humanidade toda.
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terça-feira, 26 de julho de 2011
O novo homem
"Homem não
chora." Esse estereótipo do macho, segundo os evolucionistas de plantão,
existe desde que a humanidade começou a andar ereta e nossos supostos
ancestrais do sexo masculino tiveram de esquecer o medo para disputar comida
com as feras. No entanto, segundo o relato bíblico das origens, as coisas foram
bem diferentes. O ser humano, criado à imagem e semelhança de Deus, era
perfeito tanto física, quanto mental e espiritualmente. Mas o "homem
completo" foi, assim como tudo neste planeta, danificado pelo pecado.
É interessante
notar que o homem e a mulher foram, a princípio, chamados "varão" e
"varoa", palavras que no hebraico têm pronúncia muito parecida, pois
provêm da mesma raiz. Com isso, estava sendo indicado que, para Deus, não há
diferença qualitativa entre os sexos. A própria origem da mulher, sugerem
alguns estudiosos, indica isso: foi feita da costela de Adão – não de sua
cabeça ou de seus pés – para indicar igualdade.
Fonte de problemas
A ideia de que o
homem deve ser inabalável, forte e sempre seguro é, na verdade, a grande fonte
de angústia masculina. Não é para menos que o sexo masculino lidere as
estatísticas mundiais de suicídio, de mortes violentas e de envolvimento com
álcool.
De cada quatro
dependentes de drogas em todo o mundo, três são homens. Além disso, os homens
vivem em média dez anos menos que as mulheres e são mais acometidos por doenças
cardiovasculares, crises de hipertensão, diabetes e obesidade.
O psicólogo
americano Alon Gratch, autor do livro Se os Homens Falassem… (Campus),
afirma que os homens são difíceis. "Na superfície, muitas vezes parecem
distantes e arredios. Ou vulgares e repulsivos. E, quando tentamos conhecê-los,
muitas vezes é ainda pior – eles ficam na defensiva e tornam-se
inacessíveis."
E o que pensam as
mulheres? "Isso me parece mais uma questão de educação familiar",
opina a editora de livros Neila Diniz de Oliveira, de 38 anos, casada há 15.
"Existem pais que impõem uma postura machista ao filho, e para ele é muito
importante o que o pai pensa a seu respeito. Portanto, ele pode se fechar e até
expressar sua tristeza de outra forma, só para disfarçar o que realmente sente.
Isso pode vir disfarçado até como agressividade."
Para ela, a
mudança desse conceito começa em casa, dando-se liberdade para que a criança se
expresse, inclusive através das lágrimas, se isso vai lhe fazer bem.
A psicóloga
Cláudia Bruscagin acha "interessante notar que, frente a fraquezas, o
homem desconversa ou faz piadas. Rindo, ele se disfarça de forte". Cláudia
acredita que a mudança nos padrões de comportamento da mulher trouxe ao homem
muita incerteza e insegurança. "Ele não entende ainda a nova mulher, que é
mais independente e dona de seu destino, mas cobra dele que seja sensível, fale
de emoções e continue a ser o forte, o provedor, o protetor. Por isso, o homem
está em crise e confuso. Os modelos antigos não servem mais."
Michela Borges
Nunes, 32 anos, advogada de Criciúma, SC, acha que "conseguiremos
mudar essa máxima de que homem não chora é com a educação que daremos a nossos
filhos, ao demonstrar-lhes que chorar é normal e humano". Para ela, o
"homem ideal" é aquele que "teme a Deus, é sincero, fiel,
carinhoso e compreensível. O que sabe escutar e entender, bem como o que
colabora com a mulher, a fim de não deixá-la carregando sozinha o peso da
família, da casa, das preocupações".
Homens-modelo
Por ser também um
relato histórico, a Bíblia descreve culturas extremamente machistas. No
entanto, aqui e acolá deparamos com personagens que foram genuínos exemplos de
"homens de verdade", e mesmo uma raridade para seu tempo.
Um bom exemplo é
José, filho do patriarca Jacó. Em certo momento de sua vida, as coisas pareciam
melhorar. De escravo, fora promovido a assistente de um alto oficial egípcio
chamado Potifar. No entanto, a esposa de Potifar se interessou pelo jovem
hebreu e passou a assediá-lo com propostas indecentes.
José poderia ter
levado em consideração as vantagens de um caso como esse. Além do mais, poderia
vangloriar-se diante dos amigos pela "conquista" arriscada. Mas optou
por ser fiel a Deus e aos seus princípios. Por ter agido como "homem de
verdade", acabou preso.
Outros personagens
poderiam ser mencionados; no entanto, o maior exemplo de verdadeira
masculinidade foi deixado por Jesus. Ele era firme quando tinha que ser, mas
também manifestava sentimentos, tendo sido visto chorando em público algumas
vezes.
Em Seu
relacionamento com as mulheres, vemos o perfeito exemplo de valorização e
respeito. Quando conversou com a samaritana, junto ao poço de Jacó, desafiou de
uma só vez dois preconceitos: era proibido conversar com mulheres em público e
o povo de Samaria era desprestigiado pelos judeus.
Embora pouco se
fale nisso, havia muitas mulheres entre o grupo de discípulos de Jesus. Aliás,
depois de ressuscitado, foi primeiramente a uma dessas seguidoras, Maria
Madalena, a quem Jesus apareceu. Nessas atitudes ficam evidentes a
sensibilidade e o respeito de Jesus pelos sentimentos alheios. Ele é o modelo
ideal não apenas de homem, mas de ser humano.
Sensibilidade
"A distância
emocional deixa os homens em situação difícil não apenas porque as pessoas em
volta deles se sentem frustradas com a ausência de sentimentos mas também
porque, ao adormecer as próprias emoções, eles se tornam incapazes de sentir empatia
pelo que os outros sentem", conclui o psicólogo Alon Gratch. "O pai
que não se permite sentir dor ou fraqueza é o mesmo que grita com o filho para
ele parar de chorar em vez de dar atenção à sua dor."
"O ideal para
o homem seria conseguir desenvolver sua sensibilidade", diz Cláudia
Bruscagin, "e isso não significa ser mais feminino, mas sim encontrar a
sensibilidade que não é atributo das mulheres, mas da espécie humana. O homem
precisa encontrar dentro de si as emoções que estão contidas, anestesiadas, que
o impedem de ser mais solto nas relações com as mulheres, os amigos ou os
filhos."
Sinais de perigo
Aqui estão alguns
comportamentos que indicam falta de maturidade masculina:
Vergonha dos
sentimentos: a síndrome
de "meninos não choram" torna muito doloroso sentir vergonha de si
mesmo. Por isso, muitos homens desenvolvem a tendência de jogar a culpa de seus
erros nos outros.
Medo do mau
desempenho sexual: como a impotência sexual está
relacionada à ansiedade, quanto mais pressão a pessoa faz sobre si mesma para
se curar, pior ela fica.
Racionalização
excessiva: virar as costas às emoções
prejudica os relacionamentos afetivos e a vida profissional, podendo até trazer
risco à integridade física. Homens incapazes de sentir medo podem fazer
negócios desastrosos ou colocar a vida em perigo ao se envolverem em brigas e
acidentes.
Autossuficiência: a negação da necessidade
de pedir ajuda faz com que muitos homens vivam, sem perceber, em permanente
estado de depressão.
Insegurança: o medo de ser frágil e
falível faz com que muitos homens evitem ir ao médico até para um simples check-up.
Egocentrismo: Eles precisam ser admirados por
sua força, seu poder e suas conquistas. Esse comportamento é resultado da
enorme insegurança masculina diante da obrigação de ter sempre bom
desempenho.
Agressividade: também é consequência da
insegurança. Quando meninos, não são autorizados a chorar, apenas a sentir
raiva. Depois de adultos, só conseguem expressar esse tipo de sentimento.
Sexo e amor: desde cedo os meninos
dissociam amor de sexo. Isso ocorre, muitas vezes, por influência de pais (ou
mesmo dos meios de comunicação) que os estimulam a sair com garotas de programa
e, assim, provar a masculinidade. Na vida adulta, são frequentes os conflitos
com as parceiras.
Fonte: Veja,
22/8/2001
Alguns avanços
Mudanças no
estereótipo do homem-macho já podem ser percebidas. "Essa é uma mudança
difícil", constata a psicóloga Cláudia Bruscagin, "pois enfrenta
muitos preconceitos e o ser humano tem medo de se mostrar diferente dos
demais." Eis aqui alguns avanços nessa direção:
O homem ideal
Na opinião do psicólogo
Belisário Marques, "o homem ideal é aquele que está convicto de que é
homem, gosta de ser homem, não se arrepende de ser homem, nem tem inveja das
mulheres".
Para ele, o "homem
ideal" combina os dois lados paradoxais de sua natureza humana:
RAZÕES PARA CRER / Publicado por Michelson Borges –
16/03/2010
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